O Memorial de Gravatá foi palco de um dia grandioso de celebração à cultura afro-brasileira nesta sexta-feira (22) no quinto dia da Semana do Festival da Negritude. Promovido pela Secretaria Municipal da Mulher, com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e do Conselho Municipal da Promoção de Igualdade Racial, o evento destacou a riqueza da arte, dança, música e poesia de matriz africana, promovendo reflexão e valorização cultural.

A programação da manhã começou com a abertura especial conduzida por Ester Gomes e Gleyze Gueiros, seguida da marcante apresentação Zumbi dos Palmares, com Íris Barbosa. As escolas municipais participaram com apresentações diversas como a Escola Edgar Nunes Batista trouxe a performance da música Ganga Zumba, do Maracatu Nação Pernambuco; a Escola Municipal Paulo Bezerra destacou personalidades negras históricas e os desenhos da aluna Nicolly Emanuelly; a Escola Professora Maria das Neves apresentou a peça teatral As Pérolas de Cadija; a Escola Municipal da Serra contou com a aluna Yasmin Vitória da Silva Santos declamando o poema autoral A Diversidade e uma contação de histórias do livro Gente de Cor, Cor da Gente, com a professora Jacicleide Natália de Lima; a Escola Professora Amenayde Farias trouxe uma performance em grupo do poema Me Gritaram, Negra!, de Vitória de Santa Cruz, e uma apresentação de dança ao som de Baianá, do grupo Barbatuques; a Escola de Referência em Ensino Médio Devaldo Borges realizou um recital de poemas de Odailta Alves e emocionou com uma performance de dança do Grupo Eclipse ao som de Dandara e uma apresentação de Maculelê.

No período da tarde, o público pôde prestigiar a primeira e a segunda sessões do monólogo Vozes Ancestrais, encenado pelo Núcleo Elma Camilo, seguido da exibição do documentário Falas Ancestrais, também produzido pelo núcleo.

O festival encerrou a noite desta sexta com belíssimas apresentações culturais. A cantora Andressa Santos abriu a noite com o tema Viva a Cultura Afro, interpretando músicas marcantes que exaltam a ancestralidade. Na sequência, o Maracatu Sol Brilhante trouxe sua vibrante apresentação, seguida pela dança Corpo em Diáspora: Um Legado Afro-Brasileiro. O poeta Mozart e Oliveira emocionou com a Poesia Afro, enquanto o Grupo Capoeira N’Golo e as apresentações de Maculelê fecharam o evento em grande estilo, destacando a força e a riqueza das tradições afrodescendentes.

O professor da Escola Capitão José Primo,  Paulo Fernando, destacou: “A importância desse projeto da Prefeitura é muito boa porque traz uma consciência melhor para as pessoas em relação à comunidade negra. Então, já trouxemos outras turmas da Escola Capitão José Primo e hoje estamos aqui prestigiando e dando apoio a esse movimento”.

Leleka Costa, diretora de Cidadania e Diversidade, enfatizou: “Tivemos uma semana, desde o dia 18 até aqui repleta de muito envolvimento, de muita interação de artistas de nossa cultura aqui de Gravatá, de alunos de várias escolas do município e do estado com atividades, oficinas, apresentações culturais em vários segmentos, e hoje estamos aqui com uma noite cheia de brilho, de luz, com nossa querida Andrea Santos cantando um pouco da cultura afro, o Maracatu Sol Brilhante, A capoeira, algumas apresentações de grupos de danças. Enfim, uma noite memorável no Memorial de Gravatá que foi palco dessa semana tão incrível e tão maravilhosa”.