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CEO da Um Telecom debate expansão de cabos submarinos e política nacional de data centers durante Simpósio da TelComp
22 de Agosto 2025

O CEO da Um Telecom, Rui Gomes, participou do Simpósio da TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas), em Brasília, nesta quarta-feira (20), em uma mesa de debates ao lado do ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, abordando os desafios e oportunidades para o fortalecimento da infraestrutura de telecomunicações no Brasil.

Entre os temas centrais estiveram a expansão de cabos submarinos, a implantação de novos data centers e a integração entre iniciativa privada e governo para acelerar a inclusão digital. Também participaram da mesa, que encerrou o evento, o presidente executivo da TelComp, Luiz Henrique Barbosa, e o CEO da SAMM, Carlos Eduardo Sedeh.

Na sua fala, Rui Gomes destacou a urgência de ampliar a resiliência e capilaridade da rede de cabos submarinos, atualmente concentrada em poucas cidades brasileiras. “O alinhamento entre setor público e privado é essencial para que o Brasil não perca o timing estratégico na instalação de novos cabos submarinos. Precisamos de uma infraestrutura robusta que garanta redundância, conectividade e capacidade de processamento de dados em todo o país. Esse é um passo fundamental para inclusão digital e para o desenvolvimento econômico”, afirmou.

O ministro Frederico de Siqueira Filho detalhou a estratégia do governo federal para expandir a infraestrutura. “Estamos consolidando informações do mercado e ouvindo os principais players para definir o tamanho dos investimentos e as condições técnicas necessárias.

Todas as capitais do Nordeste, por exemplo, estão sendo analisadas para receber novos cabos submarinos. Queremos garantir que o Brasil tenha fibra, satélites e cabos suficientes para sustentar o crescimento do setor, com foco em inclusão digital e desenvolvimentoeconômico”, disse o ministro.

Siqueira Filho ressaltou ainda que o governo busca criar projetos estruturados, capazes de demonstrar impacto social e econômico, facilitando o acesso a recursos públicos e a parcerias privadas. “Se tivermos projetos claros, com resultados bem definidos, os investimentos aparecem. Nosso objetivo é que a infraestrutura de telecomunicações seja um motor de transformação social, especialmente para regiões ainda desassistidas, como comunidades rurais e quilombolas”, completou.

A discussão também abordou a política nacional de data centers. Carlos Eduardo Sedeh destacou que o Brasil tem um potencial único para se consolidar como um hub global do setor. “Temos terrenos acessíveis, quase 90% da matriz energética renovável, e uma demanda crescente por cloud computing. Mas é preciso investir em conectividade e infraestrutura adequada para que esses data centers sejam competitivos, seguros e sustentáveis”, afirmou.

O ministro complementou que, para atrair investimentos, o governo trabalha em incentivos fiscais, regulamentações estratégicas e parcerias com o setor privado. “Estamos em constante diálogo com investidores internacionais e fabricantes. Queremos antecipar benefícios fiscais, consolidar a infraestrutura de rede e definir os melhores locais para implantação dos data centers, garantindo eficiência energética e segurança operacional”, destacou Siqueira Filho.

O presidente executivo da TelComp, Luiz Henrique Barbosa, reforçou a relevância do diálogo entre governo e iniciativa privada. “Esta é uma oportunidade para consolidar políticas estratégicas para o setor de telecomunicações. O Brasil está em um momento decisivo, com projetos estruturados, investimentos consistentes e parcerias fortes, podemos nos tornar um protagonista global em conectividade, inovação e inclusão digital”, disse.

Sobre o evento

O Simpósio TelComp Brasília 2025 chega à sua quinta edição e acontece nos dias 19 e 20 de agosto, em Brasília. Organizado pela TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas), o encontro reúne executivos do setor, autoridades regulatórias, parlamentares, acadêmicos, imprensa especializada e formuladores de políticas públicas para debater os desafios e oportunidades que moldam o futuro das telecomunicações no Brasil.

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